terça-feira, 30 de abril de 2013

Música Para Trabalhar | Sugestão #02

Uma das coisas de se estar entre amigos nesse blog é o fato de não poder inventar certas histórinhas, ou seriam estorinhas?

Enfim, essa semana eles me pegaram... Por que se eu falar que sou um trabalhador ferrenho, que trabalha de Sol a Sol, sempre de bom humor.. É mentira, e logo alguém me denunciaria nos comentários.

Mentira em partes, claro, afinal já sou bem crescidinho...

Mas vou contar um pouco da minha experiência profissional, afinal, se não sou dos mais ferrenhos, sou daqueles que fez caipirinha com os limões que me deram...

Comecei a ralar relativamente cedo, com 16 anos já trabalhava e estudava, mas era aquele esquema de menor aprendiz, na verdade nem trabalhava-se muito, você estudava em dois turnos, um na escola regular, e depois ia pro curso de capacitação profissional, e ralava incríveis quatro horas aos finais de semana.

Na minha opinião, isso é o prólogo do que viria logo a seguir...

Depois disso trabalhei com telemarketing, me formei em patologia clínica, e trabalhei nos dois maiores hospitais de Minas. Mas ainda sim, era muito tranquilo.

A grande verdade é que nunca trabalhei em horários que me deixassem cansado o resto do dia, nunca trabalhei quarenta horas por semana, e como meu salário era pra mim (e agradeço imensamente ao meu pai por isso, esse sim, trabalhador de verdade), nunca pude reclamar muito.

Mas algumas coisas que me fizeram falar pra vocês hoje sem nenhuma mágoa, na verdade são fatores que sempre carreguei na minha vida profissional, e que até hoje em que tenho uma vida bem mais tranquila é simples:

  • Assiduidade: Sempre me esforcei pra ir todos os dias, já trabalhava pouco, logo faltar era mais que desnecessário.
  • Humildade: É um dos poucos setores da minha vida em que tenho humildade, quando trabalhei com telemarketing, podia ser uma bosta, mas foi o que apareceu, e me esforcei, trabalhei bem, e não posso deixar de citar que tudo que tenho é, em partes graças a uma das empresas de Telecom que trabalhei, fora as grandes amizades que tenho até hoje.
  • Compromisso: Tem que rolar, afinal, o compromisso não é só com a empresa, é com você e seu salário.
  • Memória curta: Saiu da empresa, esqueça tudo que possa lembrá-la, afinal você tem uma vida fora oseu trabalho. A não ser, claro, que você leve serviço pra casa, já fiz muito isso, mas foi na época que trabalhava mais em casa do que na rua, ou seja, épocas atuais.


E no mais - pelo menos pra mim sempre funcionou - beba como se não houvesse amanhã, curta seus amigos, não tenha amigos só na empresa... Enfim, viva fora desse inferno que se chama trabalho...


(Foto minha "trabalhando" num sábado a noite, pra quem não me conhecia nessa época, sou o cara do violão.)

Músicas pra Trabalhar, foi foda escolher, como disse, peguei um tema que não se parece muito comigo (hahahahahahahahaha), mas tem uma canção do "Bon Jovi" que descreve bem isso, é a "Work for the Working Man", o nome já é bastante sugestivo, e descreve bem a vida do típico trabalhador... 


Talvez um dia seja minha música também, mas até lá, vamos viver...
Boa semana e Bom Trabalho.



segunda-feira, 29 de abril de 2013

Música Para Trabalhar | Sugestão #01

Work, working, workando...

Eu admiro as pessoas que são decididas e que desde pequenas sabem exatamente o que querem fazer da vida. Confesso que até hoje eu não sei, já pensei em ser ator, músico, publicitário, jornalista, matemático (essa eu não sei onde eu estava com a cabeça), químico, professor de Ed. Física... e tantas outras profissões!

Não sei se tem a ver, mas de acordo com meu signo (sagitário), tenho uma certa tendência a indecisão. Sou daqueles que chegam no Spoleto, com milhares de opção e não sabe o que colocar no simples macarrão.

Hoje, trabalho na área de TI, que por sinal é odiada por muitos. Mas as pessoas nos odeiam porque não rendemos "lucros para a empresa". Pensamento totalmente arcaico, afinal, qual empresa hoje que vive sem um computador, notebook, tablet, smartphone e afins?

Já tive muitos trabalhos, nunca tive preguiça de pegar no batente, porque sempre gostei de ser independente! Vamos usar o português claro, poucas pessoas trabalham porque gostam, em sua maioria é por causa do "Money, que é good e nóis não have", como já dizia a letra dos Mamonas Assassinas em sua música 1406.

Adoro o meu trabalho no dia do pagamento...

Eu adoro meu trabalho também, principalmente quando tenho que resolver problemas difíceis, em que fico horas e horas buscando uma solução e quando finalmente consigo resolver, vem um sentimento de missão cumprida. Acho que ser útil é bom pra qualquer pessoa.

Uma coisa que eu não entendo é a folga, pois ela insiste em passar depressa demais. Acredito que trabalhamos pelo prazer do descanso! Se você não trabalha, não tem dinheiro, se não tem dinheiro não tem como se divertir.

A música que eu escolhi falha de trabalho e responsabilidades. Nem sempre a vida é fácil, mas já dizia o dito: "A vida é dura pra quem é mole." Por isso, vamos arregaçar as mangas e workar.

Marvin, Titãs




Segundona nunca é fácil, mas temos que trabalhar. Antes, compartilhe o post e bom trabalho! Afinal, sexta está logo aí para a hora do Happy Hour kkkkkkk



domingo, 28 de abril de 2013

Tema #15 | Música para Trabalhar

Eis que chegamos a mais uma semana, 15 ao total, e confesso que estamos adorando fazer parte desse projeto... Sempre aos domingos chegamos com  um tema novo. E o que vem depois do domingo?

Segunda-feira. Tenso, não? E o que vem com a segundona brava?

Mais uma semana de trabalho, relatórios, prazos, enfim, mais uma semana de labuta, correrias, cansaço, objetivos e metas.

Imagem do Site Nuven Digital
Dizem que o trabalho dignifica o ser humano. Talvez seja verdade. O trabalho, não é o primeiro passo, mas talvez seja o mais importante, que ele dê em direção a sua independência financeira, por isso é um passo  muito importante.

Tão importante, que desde cedo, quando nos perguntam o que seremos quando crescer, já temos alguma profissão em mente, ainda que essa idéia não tome forma no futuro, desde cedo já somos condicionados a entender  o valor de se ter uma profissão, seja ela qual for.

Na nossa adolescência, a coisa já começa a pesar, afinal, na adolescência eles nos preparam para o atropelador mercado de trabalho. É nessa  fase que suas aptidões começam a despontar, e a partir delas você vai escolher o que vai ser (ou não) no futuro. É nessa época que a pergunta "O que você vai ser quando crescer?", é substituída por "Vai prestar vestibular pra qual curso?". Então, se você está nessa fase se acostume a responder a mesma pergunta, com respostas totalmente diferentes, afinal, como seus pensamentos e idéias ainda estão desenvolvendo, então, até na hora de fazer a inscrição (e talvez depois), você ão tenha muita certeza...

Mas, não estamos aqui pra falar de vestibular, curso técnico, aulas de instrumentos musicais e afins, mas sim do que vem depois disso, que é o TRABALHO, e existe um campo imenso de atuação dentro de cada campo de atuação, o que torna a escolha num mercado bastante complicada.

Mas seja qual for a sua área de atuação, existem alguns pontos importantes a serem considerados, e lá vão eles:

Imagem do Site  Dreamstime
1 - Se você não tem experiência ou qualificação, não escolha muito, afinal, todo trabalho é digno.
2 - Sempre fique atento aos seus direitos e exija-os caso não seja cumprido.
3 - Em cada empresa/setor que você passar, o use como trampolim, faça sempre seu melhor, não tenha medo ser reconhecido por seu chefe, ou por outra empresa.
4 - Na dúvida entre algo que você gosta, e algo que dê dinheiro, escolha sempre o que você gosta, pois o mercado é volátil, e nenhuma grana paga sua frustração.
5 - Se você começou um curso achando que era uma coisa, e no decorrer dele se frustrou, não tenha medo de trocar, afinal, melhor uma felicidade tardia, a uma frustração contínua.
6 - Por último e não menos importante, acompanhar/dar dicas dos trabalhadores assíduos do blog que vão contar suas experiências no mercado de trabalho, e qual a música que eles utilizam pra colocar pra fora todo seu potencial profissional.

Bons Sons à todos e Bom Trabalho.

Equipe 50 Semanas de Música



sábado, 27 de abril de 2013

Música para Revolução | Sugestão #06

Quantas revoluções já vivemos e quantas mais teremos até que consigamos a paz mundial? Será que um dia isso será possível? Admiro a coragem daqueles que participaram de lutas armadas e que deram a vida por revoluções que trouxeram evoluções políticas, econômicas e sociais. Reflexões a parte, sou adepta mesmo é de movimentos pacifistas, pois acredito que  lutas armadas e violência resolvem os problemas em pouquíssimos casos. Prova disso são estes dois exemplos fantásticos no mundo.

O primeiro, Mohandas Karamchand Ghandi, líder espiritual e pacifista indiano, atuou em defesa da minoria hindu que vivia lutando pelos direitos iguais na África. Ao retornar para a Índia começou uma campanha pela paz entre hindus e muçulmanos e contra o domínio britânico na Índia. Gandhi defendia a criação de um estado autônomo, era contra a violência, defendeu e praticou formas pacíficas de protesto como passeatas, retiros espirituais e jejuns. Teve atuação importantíssima no processo de independência da Índia, mas foi assassinado por um extremista hindu.

Outra figura que admiro é Nelson Mandela, um ativista que lutou pelo fim da segregação racial sul-africana (apartheid), onde negros, mestiços e hindus não tinham direitos políticos e econômicos. Nelson formou-se em direito e logo no período estudantil já fez parte de movimentos contra as injustiças de seu país. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua acusado de sabotagem e conspiração contra sua nação. Ficou 27 anos preso e não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Em 93 foi condecorado com o Premio Nobel da Paz, sendo reconhecido também com movimentos pela luta contra a AIDS.

Não poderia deixar de falar aqui no 50 Semanas de Música de um movimento, também pacifista, que mudou a história da música: Woodstock. Eu queria ter nascido nessa época. Ter feito parte disso. O Festival foi único e lendário por exemplificar a cultura hippie e a contracultura do final dos anos 60, trazia como lema “Três dias de amor, paz e rock’n roll”. Apesar do final de semana chuvoso e da falta de infra-estrutura, Woodstock marcou um época.

Contudo, não só de movimentos pacíficos vivem as revoluções. Elas marcam vidas e sonhos de toda uma geração. Uma visão bem forte e nada pacifista do que a evolução pode nos trazer é a minha sugestão para o tema dessa semana:  Pearl Jam - Do The Evolution.




sexta-feira, 26 de abril de 2013

Música para Revolução | Sugestão #05

Quando decidimos a algumas semanas o Tema #14 do blog, eu fiquei com o pensamento de fazer um texto forte, direto e engajador, além de colocar uma música emblemática!!! Após o texto de capa (leia aqui) ficar pronto no domingo, descobri que não seria tão simples, não tinha ideia de que foco dar ao meu texto e nem que música escolher. 

Até agora, todos os posts da semana foram de certa forma um reflexo do que acredito. Desde o sentimento "nostálgico" de ter nascido na época errada até o ceticismo em relação as revoluções digitais, a preocupação cidadã com os problemas do nosso país/sociedade e passando pelas pequenas (e essenciais) revoluções que o Fininho tão bem exemplificou na Sugestão #03! E tudo isso fez com que aumentasse meu sentimento de responsabilidade da minha dica.

Com tudo isso em mente não sabia o que postar até alguns minutos atrás, quando me veio muito forte a versão de Let It Be dos Beatles, no musical Across The Universe.

A escolha dessa música é pelo forte apelo visual do videoclip (o que é um dos pilares do projeto 50 Semanas de Música). Para quem não conhece o filme, Across the Universe de 2007 e dirigido por Julie Taymor, retrata os anos 1960, com suas lutas, guerras e paixões, ambientando toda uma época através da obra dos Beatles.

Sem dúvida essa é uma das versões mais lindas que já ouvi de Let it be! Escutar essa versão com uma pegada mais gospel, quase solene, leva os versos da música em um nível mais profundo dentro do coração de cada um. Nos faz pensar pelo que estamos lutando no dia a dia. O que nos faz levantar a cada manhã com espírito renovado versus o enfrentamento da melancolia decorrente de tanta coisa errada à nossa volta.

A intenção aqui é levantar a reflexão de qual revolução precisamos nesse momento: mudar os rumos do mundo e da política nacional? Ou começar uma revolução em nós mesmo, renovando coração e espírito em busca de dias melhores? Talvez ambas opções estejam  corretas. Talvez nenhuma delas. Let it be...

When I find myself in times of trouble
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom
Let it be

Whisper words of wisdom
Let it be

And when the broken hearted people
Living in the world agree
There will be an answer:
Let it be



Citar os anos 60 ou mesmos o Beatles, já é acender a chama revolucionária de muita gente! Aconselho a assistir o filme.



quinta-feira, 25 de abril de 2013

Música para Revolução | Sugestão #04

Uma revolução marca toda a história de uma nação, alguma duvida sobre isso? Toda a história estudada nos ensinos fundamental e médio, se baseia nas revoluções, seja russa, francesa... qual  for a revolução, o povo fica marcado pelos ideais quais motivaram ir a luta e pela sua luta, suor, sangue... Os maiores marcos históricos são as revoluções.

Grandes revoluções acontecem por grandes ideais, pelo crença no poder de seu povo e a frente delas grandes líderes, que muitos acabam morrendo lutando por seus ideias tornando lendas e deixando um legado a ser seguido.

Hoje em dia não ocorrem muitas revoluções, talvez naquele trecho da música "Quando o Sol bater na janela do teu quarto" - Legião Urbana, Renato Russo explique.

"Até bem pouco tempo atrás,
Poderíamos mudar o mundo,

Quem roubou nossa coragem?"



A sociedade só reclama e não faz nada para mudar a sua realidade, só contam histórias e não as usam de inspiração, apenas esperam que alguém faça alguma coisa, mas se esquecem que a revolução começa de você, se quer que algo mude, comece a mudar por você, faça uma revolução dentro de si e assim conseguirá conquistar tudo o que deseja, vamos a luta! Seja qual for seu objetivo, grandes revoluções fazemos dentro de nós mesmos, não espere que ninguém faça por você, vá lá e faça você mesmo! Seguido esta ideia, a sugestão #04 é:


Geraldo Vandré - "Pra não dizer que não falei das flores




quarta-feira, 24 de abril de 2013

Música para Revolução | Sugestão #03


Prezados e prezadas, 

"Os fatos estão se tornando menos históricos e mais episódicos". 

Não sei sob qual viés você vai interpretar esta frase (que eu li em algum livro na época do cursinho e não consegui encontrar o autor), porém eu sempre tive muita atenção a esta frase. Apesar de tê-la lido nos primeiros dias de cursinho pré-vestibular, ela me soa muito atual.

Hoje em dia, as ditas revoluções são feitas no conforto do lar, protestando pela internet, criando abaixo-assinados virtuais, espalhando hashtags de protestos... Vejo o lado positivo destes atos, sim: o impacto que as redes sociais têm na vida dos brasileiros mostra que uma simples hashtag ou a troca da imagem do perfil do Facebook pode gerar uma onda de novas idéias e questionamentos acerca de determinados fatos. Porém sempre tem um protesto novo, uma hashtag nova, uma nova causa a ser defendida. Com isso a velha causa se perde, os ideais tão idealizados são perdidos da noite pro dia e aquela mudança de mentalidade é trocada pelo trending topic do dia. A palavra "revolução" acabou por perder o seu sentido.

Apesar do dito acima, acredito muito nas pequenas revoluções. Não estas que as pessoas fazem sentadas no sofá de casa com o notebook no colo e tomando uma xícara de café quente. Acredito nas revoluções diárias que as pessoas se propõem a fazer para tornar o mundo melhor, porém in loco, presencialmente.

Vou lhes dar um exemplo:

Muitas vezes, no primeiro ano da faculdade, eu pegava ônibus com um passageiro que propunha a todos um "bom dia" coletivo, o qual ele chamava de "Campanha do bom dia" (acabei encontrando este video que mostra a tal campanha). Depois de um tempo notou-se que as pessoas passaram a desejar um bom dia ao motorista e ao cobrador, coisa que não acontecia com tanta frequência (segundo o próprio trocador, que comentou comigo este fato certa vez).  

Existem muitos bons exemplos iguais a estes por aí. Pessoas que simplesmente fazem a sua revolução, buscando atingir um objetivo muitas vezes mais complexo do que diversas revoluções do passado. Hoje em dia é mais fácil conquistar um terreno inimigo do que um trânsito mais amigável.

Já pensou em fazer sua revolução do dia? Pois é, hoje pode ser uma boa oportunidade.

Músicas pra isso? 
Se você sair de casa e colocar essa música no fone de ouvido, creio que alguma revolução boa possa acontecer. Basta tomar cuidado pra não se empolgar demais por aí!

Rage Against The Machine - Testify





Também sugiro "The Song Remains The Same" do Led Zeppelin! 


Saúde e paz! 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Músicas Para Revolução | Sugestão #02

"Liberté, Egalité, Fraternité"

Lema surgido durante a "Revolução Francesa", e que após ter sobrevivido a esse período conturbado não só da Revolução, mas também o lema de vários povos oprimidos que lutaram pra derrubar todo tipo de governo tirano.

Hoje em dia, custo a crer que quando vemos esse  lema, estampado seja em livros, bandeiras e afins, e achemos que foi só um belo lema de uma bela história. E de fato foi, foi com esse lema que Robespierre rebaixou os tiranos ao nível do cadafalso, e quando o mesmo não mais respeitava os direitos dos seus compatriotas, usufruiu também, pois os revolucionários, buscavam liberdade, e não apenas que o trono fosse assumido por outro tirano.

Mas e você, o que sente quando lê essa frase, quando reproduz esse som na sua mente? Nada? Você não sente revolta por estarmos na situação que estamos, repúdio por quem nos governa, asco de lembrar tudo que já foi feito nesse país, enquanto fingimos estar com os olhos vedados e as mãos atadas?

Hoje no Brasil, não vivemos uma tirania como a França de outrora, vivemos no que se conhece como democracia. Mas se olharmos em volta, essa democracia não está sendo respeitada. Olhe em volta, veja se os interesses dos seus iguais estão sendo respeitados, não o seu apenas, mas sim o de todos que caminham com você. Nós temos irmãos, famílias, amigos, mas nunca devemos esquecer de que, ainda que você não me conheça, que você não conheça a maioria de todos que habitam esse território, lembre-se de que eu, você e mais uma gama de pessoas que você não conhece, são chamados brasileiros. E sim, nossos interesses são os mesmos. Nossos interesses em uma sociedade mais justa, mais transparente, e por que não, mais feliz?

Não falo alegria, alegria que gozamos hoje pela bênção da ignorância. Conforme citado domingo, a política de "Pão e Circo", nos dá essa alegria, mas será que vale a pena?

Não, eu não busco alegria, eu busco felicidade e plenitude, ainda que eu tenha que lutar por isso, sem partidarismo, mas com ideologia de igualdade, sem parcialidade, mas com o sentimento de que, se eu lutar por uma sociedade mais justa, eu estou atendendo também aos meus interesses. Enfim, brasileiros, abdiquemos da alegria da ignorância, e adotemos a felicidade do dever cumprido, a felicidade de uma sociedade mais justa, façamos nossos carnavais, mas tendo a certeza de que mães estão perdendo seus filhos em filas de hospitais, façamos nossas guerras de confete, mas depois de termos feito uma guerra pelos nossos direitos,e principalmente, derramemos lágrimas de felicidade, mas sabendo que na hora da luta, derramaríamos nosso sangue pela pátria. Pois uma pátria não se faz de bandeira, território e hino, uma pátria é construída por homens e mulheres. Guerreiros e Guerreiras, não esses merda  que a TV chama de guerreiros e nada fazem, mas Guerreiros que saem cedo de casa pra buscar dias melhores, que apesar do cansaço, não se deixam abater, enfim, brasileiros como eu e você. Enfim, os símbolos pátrios são vazios sem a pátria.

"Ordem & Progresso"

Não existe Ordem sem Justiça, e não existe Progresso sem Educação. E isso são direitos básicos que nos vem sendo negligenciado por anos. Mas me diga o que faremos, lutaremos por eles,ou continuaremos sambando pra disfarçar???

Cada um de nós faz a diferença. Lembrem-se, que até um grão de areia, no lugar certo, incomoda pra caralho, e basta você olhar pra si mesmo e se perguntar: "Quer ser um grão de areia num monte, ou o grão que incomoda?"

Eu prefiro ser o  que incomoda, por que creio nesse momento, que já fui incomodado demais...

E o som que usaria pra ir as armas com vocês, não seria nada menos que "Megadeth - Anarchy in UK" (música original do Sex Pistols, mas que pra mim seria facilmente alterada pra "Anarchy in Brasil".

"Liberdade, Igualdade, Frateridade e Brasilidade", adotemos isso como lema, e façamos desse lema uma perspectiva de dias melhores.




Boa semana, e que esse texto entre na sua cabeça, e te faça levantar, mas se ele apenas te fizer pensar um pouco, com certeza já terei feito muito.

Taliban: Blogger, Músico, universitário, trabalhador e principalmente, BRASILEIRO



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Músicas Para Revolução | Sugestão #01

As vezes falo que nasci na geração errada, sou daqueles que gosta de política e já fui muito mais engajado do que sou hoje. Gostaria muito de ter a idade pra ter ido às ruas na época dos caras pintadas, de lutar pela paz e amor nos anos 60 e tantas outras revoluções que mudaram o mundo!


A única coisa que posso dizer é que participei da revolução digital, até de um programa de inclusão social e digital que pude ajudar e incluir até moradores de rua sem expectativas, a se tornar um cidadão digital. Mas nada do que foi feito se compara as grandes massas de pessoas indo às ruas para mudar o que está errado.

A revolução digital não precisou de muito para se alastrar, afinal de contas, ela se auto propagou devido a curiosidade de muitos. Daí me pergunto, será que existe realmente uma revolução? Talvez.

Percebo que hoje, a internet propiciou uma revolução particular, onde um nicho de pessoas buscam algum benefício próprio. É mais fácil lutar por algo pessoal, do que para um bem comum.


Hoje eu fui ao parque e vi tantas pessoas se divertindo, apesar do frio que está em SP, as pessoas saíram para curtir o dia, inclusive eu. Comecei a observar e percebi que hoje a vida não é tão ruim para se gerar uma revolução. Mas todos sabemos que não é bem assim, sabemos que precisamo mudar muitas coisas para ter uma vida melhor.

Pensando em tudo isso, minha sugestão musical não poderia ser diferente. Trata-se de uma crítica a sociedade, quem sabe assim conseguimos criar uma revolução.

Geração Coca-Cola, Legião Urbana




domingo, 21 de abril de 2013

Tema #14 | Música Para Revolução

"Liberdade ainda que tardia".


Um dos lemas mais bonitos, e frase, que em latim estampa a bandeira do estado de Minas Gerais, e que deveria estar impresso no coração e na alma, não só de cada mineiro, mas sim de cada brasileiro.





A escolha desse tema teve uma imensa ajuda não só do calendário, afinal, hoje é o Dia de Tiradentes, figura histórica, mártir da Independência. Figura essa que desperta amores e rancores, mas que se não é o que muitos dizem, é pelo menos a imagem representativa de batalha, resignação e principalmente, de que se uma coisa está errada, devemos lutar pra corrigi-la.

Outra coisa que também ajudou muito a escrever sobre o tema, foi a cronologia dos temas sugeridos aqui, afinal, demos várias dicas de como manter-se em dia com sua memória. Afinal, poucas sociedades tem a memória mais fraca que o brasileiro. Nós brasileiros temos esse péssimo hábito, esquecer todo e qualquer ultraje socio-político dos quais somos vítimas, e acho que isso se deve a memória fraca de nossos historiadores, que sempre pregaram uma bela e pacata história sobre nosso país.

Mas não é assim, fomos (sim, infelizmente fomos!) um povo guerreiro, um povo que se levantava diante de qualquer situação que nos desagradasse como cidadãos, tivemos massacres desses guerreiros, em outras épocas, de Norte a Sul desse país. Massacres violentíssimos, e que deveriam permanecer impressos na nossa alma, e não apenas em páginas amareladas e não lidas. Pensem nisso. O país foi  criado sobre a vida, sangue e luta de alguns, pra acabar com futebol, samba e bunda. Não que isso seja bom, afinal cada um tem o direito -e direito conseguido com muita luta, não se esqueça - de gostar do que quiser, mas acho que isso não deveria ser prioridade.

Embora muitos pensem que o brasileiro é bastante acomodado em relação a revoltas de cunho político, hoje em dia, com a crescente expansão das redes sociais, as pessoas tem se organizado melhor e participado um pouco mais, talvez por agora só precisarem de um pequeno empurrão para saírem da frente de seus computadores, e irem as ruas. Mas quando digo ir as ruas, é com o sentimento de ir a guerra, as armas, e mostrar que esse país pode ser alegre, mas não ignorante. Mais uma vez apelando a memória de cada um de vocês, lembrem-se, primeiro o dever, depois o lazer, e só estamos nos divertindo, e é por isso que sempre que alguém ocupa um cargo que deveria representar o povo, ele o faz em causa própria, por que enquanto ele "trabalha" em causa própria, nós queremos mesmo é carnaval.

"Panis at Circenses..." : Sistema político criado na Roma Antiga, a "Política de Pão e Circo", foi criada no intuito de conter a insatisfação popular, dando alimentos e diversão circense (lembra algo? Bolsa  Família e futebol? Será?). Não importavam as  condições em que se vivia, desde que sua barriga estivesse cheia, e a diversão circense garantida. Enfim, Política falida na Roma de 2000 anos atrás, mas adotada e praticada com sucesso no Brasil.

E aí, vai continuar sem fazer nada? Levante-se e lute, hoje você sozinho, amanhã vários, e num futuro, todos nós, e então sim, poderemos olhar uns para os outros e dizer: "Libertas quae sera Tamen". Mostraremos que o povo não deve temer seu governo e sim o contrário, e que "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", lema esse que, em sua época, moveu o mundo, lema francês, mas acima de tudo, lema do cidadão oprimido que quer se ver livre, lema esse que deve ser mais que palavras, mas perspectivas de dias melhores.

(Customização da imagem representativa da Revolução Francesa)



Essa semana te daremos o som pra ajudar na sua Revolução, mas se você precisar de motivos, só olhar a sua volta.

"Viva la Revolución!"

Equipe 50 Semanas de Música


sábado, 20 de abril de 2013

Música para Memória de Peixe | Sugestão #06

Nesta semana logo que comecei a pensar na música que iria postar, encontrei uma perfeita, mas adivinha? Esqueci. Só sei que ela era ótima. Quem mandou não anotar...
Sempre tive uma memória boa, consigo lembrar de fatos específicos de anos atrás, nomes, cidades, detalhes da aula de história. Isso sempre me ajudou, seja na faculdade, na vida pessoal ou no trabalho.
Mas todos nós temos alguém com memória de peixe por perto. No meu caso, uma pessoa muito próxima. Impressionante como ele tem habilidades tão desenvolvidas de lógica, programação e análise de sistemas complexos, mas não lembra se almoçou, o que fez no final de semana passado, como chegar a lugares que já foi antes. Tão esquecido, que já fui esquecida por ele na recepção do prédio e depois de 55 minutos tive de lembrá-lo que ainda o estava esperando. Já me acostumei com isso e como tenho boa memória, lhe ajudo a lembrar das coisas. Faz parte.
Memória de peixe tem seu lado conveniente: esquecer compromissos sem importância, esquecer pessoas chatas, esquecer o que fez na noite passada, esquecer rancores, amores e decepções. Esquecer daquela prova que você não foi bem, esquecer daquela matéria que você odiava. Esquecer da sua senha de trabalho e do dia da semana quando você está de férias (!). Esquecer da hora quando se está bem acompanhado, esquecer da saudade que se tem de alguém. Esquecer da vida vendo o sol se pôr ou conseguir esquecer de tudo por um momento e limpar a mente pra pensar melhor. Para esses esquecidos, nada melhor do que Snow Paltrow, Chasing Cars.
Sabiamente, não devemos esquecer de tudo sem aprender algo antes, afinal o que você quer esquecer agora pode ser importante no seu futuro de alguma forma. Contudo, tem horas que é melhor admitir convenientemente o lado bom da memória de peixe e, como na sugestão dessa semana, cantar bem alto com Skank, Vou Deixar: 






sexta-feira, 19 de abril de 2013

Música para Memória de Peixe | Sugestão #05

Música para memória ruim: se eu tivesse alguma, evitaria vários problemas que minha péssima memória me proporciona.... mas isso já foi falado muito muito essa semana, então meu post (e dica) vai na contramão do que costumeiramente faço por aqui!

O tema dessa semana nasceu com um dos membros esquecendo de programar o post no dia  correto (graças à Deus não fui eu) e desde então eu sabia que não teria uma música para estes momentos, já que minha memória guarda coisas nem sempre objetivas  - por exemplo, nunca lembro o nome das pessoas... sou capaz de reencontrar alguém após 10 anos, lembrar de onde, do que conversamos ou fizemos mas sou incapaz de lembrar o nome (e isso vale em qualquer espaço tempo, portanto não estranhe se eu eventualmente não lembrar o teu nome)! - e por isso tive que partir para pesquisa de músicas para o post de hoje.

Encontrei essa música do Milionário e José Rico e achei a letra muito bonita, principalmente a parte abaixo:
Ai que vontade de ouvir de novo moda sertaneja

que hoje não se faz
parece até que a sensibilidade
ficou na saudade, não existe mais
me dói saber que alguns artistas
que alcançaram sucesso na vida
usaram tanto o sertão com história
que hoje na memória ficou esquecida

É minha tentativa de homenagear 'burlar' a memória de peixe do povo brasileiro que esquece muito rapidamente seus artistas! Em destaque, aqueles que produzem não só música, mas se manisfestam através da literatura, cordel, artesanato e outras formas de expressão do imaginário popular!

Nesse momento me afasto do que é culturalmente produzido nos grandes centros e abraço  todas as manifestações que influenciam o folclore e formas de expressão popular nos interiores desse nosso Brasil. São elas que mais fortemente influenciaram (e influenciam) os grandes nomes nacionais e que dão identidade para nós brasileiros.

Sei que essa é uma questão que merece um trato mais cuidadoso, porém, na falta (de memória) de uma música para esquecimentos, acho válida essa tentativa de homenagem aos que produzem arte e são esquecidos pela memória coletiva...


Milionário e José Rico com Memória Esquecida


Para quem já me conhece me ver sugerindo sertanejo é algo pouco provável! Quase não conheço nem os clássicos!!! Apesar de tudo acho esse lance de moda sertaneja (coisa que meu ouvia com certeza) muito gostoso de ouvir.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Música para Memória de Peixe | Sugestão #04

Me falaram que eu teria que vir aqui, falar sobre alguma coisa, mas não lembro bem o que era. Também disseram que eu teria que postar algo, alguma música, mas não lembro sobre o que. Parece que já fiz isso outras vezes, mas não lembro de exato como era.

Bom vamos parar fingir estar com amnésia, até porque nem preciso fingir para esquecer né? Confesso que está ideia de tema foi por um esquecimento meu! Minha memória falho, não me ajudou e esqueci que a Sugestão #4 é postada todas as quintas e que sou eu quem dou essa sugestão. Eu minha má memória....
E quanto mais coisas eu tenho pra memorizar, mais eu esqueço, parece que minha memória tem a quantidade limite, excedeu o limite, ela passa a substituir. Unica coisa que incrivelmente eu não esqueço, são datas de aniversário. Data de prova, entrega de trabalho, consulta médica, vencimento de boleto, meus óculos... isso tudo eu esqueço, tenho que anotar ou pedir alguém pra me lembrar.

Como aspirante a músico, estou treinando para parar de esquecer letras de música e algumas referencias da partitura, é bem comum eu me perder entre uma música e outra quando tocadas em serie, confundir uma com a outra, esquecer onde coloquei a palheta, onde guardei a rezina, onde deixei o arco... Tenho tanto domínio na arte de esquecer as coisa que quando vou sair de casa, faço tipo uma lista de chamada, vou falando o nome e conferindo tudo se está na mochila ou nos bolsos.

Até que nos últimos dias estou menos esquecido, as vezes consegui expandir meu HD né? Quem sabe? Aumentei a memória ou ela parou de fazer grave. É cada uma que ela apronta, esqueço nomes com uma facilidade incrível, por várias vezes já conversei por longo tempo com uma pessoa, sem lembrar o nome dela, era um contorcionismo para não falar nome errado até tentar lembrar, só quem já passou por isso sabe como é.

Memória de quem nunca falho? Umas falham com mais frequências outras nem tanto, mas pra homenagear a má memória ou memória de peixe, a Sugestão #4 é:

"O que se perde enquanto os olhos Piscam" - O Teatro Mágico 






quarta-feira, 17 de abril de 2013

Música para Memória de Peixe | Sugestão #03


Quer dizer que você tem a memória ruim?

Impressionante como minha memória vem sendo prejudicada com as inovações tecnológicas. Há muito tempo atrás eu decorava telefones e aniversários das pessoas. Já esqueci há quanto tempo eu perdi esta habilidade.

Descobri dois bons remédios para a minha falta de memória. Remédios antigos, porém nunca tão usados por mim: a agenda (aquele objeto que se parece um caderno, com uma folha correspondente a cada dia do mês, onde você anota seus compromissos) e o post-it (aquele adesivo amarelo quadradinho onde você escreve determinado lembrete). 

Confio demais nos meios eletrônicos e nas praticidades que eles trazem mas acredito que eles nos tornam acomodados e dependentes. Redescobrir a agenda e o ato de escrever os compromissos nela tem sido muito útil para minha memória.

Atualmente a memória e grande parte do raciocínio tem sido dedicada a assuntos acadêmicos e profissionais. Quando sinto que estou com muitas coisas pra guardar na mente, começo a colar post-it ao redor do monitor do notebook, nas folhas do caderno, no espelho do banheiro... E a agenda sempre lotada!

Tem sido assim: tudo vai pra agenda (esta é a minha, aliás!)

Claro, tem aquelas coisas que não esquecemos. Normalmente elas remetem a momentos ou a pessoas especiais (principalmente pessoas especiais). A parte ruim é quando a pessoa também não tem a memória muito boa.

Aconteceu comigo: marquei um almoço com uma pessoa que gosto bastante. Saí do meu trabalho um pouco mais cedo, fui até a faculdade da pessoa e fiquei lá esperando, conforme o horário marcado. Passam 10, 15, 20 minutos. Telefono e nada. Aos 47 minutos, ela liga: "Você se importa em esperar mais um pouco?". Esperei mais um pouco, até o telefone tocar de novo: "Você vai me xingar muito se eu te disser que não vou poder almoçar com você?" Ok, acontece...

Mas aí veio a pior parte: a pessoa pediu desculpas e disse que "iria me ligar antes do fim de semana remarcando o almoço". Data do acontecimento? Outubro ou Novembro de 2012. A pessoa? Sumiu. Nunca mais telefonou, mandou mensagem, puxou assunto, nada...

Ok, o caso soa mais como falta de compromisso do que esquecimento. Enfim, compromisso pessoal marcado é compromisso cumprido. Posso esquecer de levar alguma coisa que a pessoa tenha me pedido (um livro, um CD que a pessoa queria ouvir) mas não deixarei de estar no local.

Seria a hora de ter memória de peixe pra certas pessoas? Não sei, não sei... Mas é bom pensarmos melhor quando a nossa memória (ou nossa falta de compromisso) começa a afetar as pessoas que estão a nosso redor.

Músicas me fazem lembrar de bons momentos. Se isto ajuda a minha memória? Não sei responder... Mas sei que esta música me faz recordar muitas coisas boas. Faz lembrar que a agenda está aí pra anotar os compromissos, mas que as boas memórias não somem ao virar de uma página.


Los Hermanos - Conversa de Botas Batidas



Falando em memória: existe uma música do Jason Mraz chamada "After An Afternoon" que é a clássica "Certa música me lembra alguém", mas isso é assunto pra outra semana.

Saúde e paz!!
  

terça-feira, 16 de abril de 2013

Música para Memória de Peixe | Sugestão #02

Memória de peixe... Sugestivo... Ainda mais pra mim, que tenho o hábito de lembrar coisas de muito tempo atrás, e que em contra partida sempre se esquece das mais imediatas...

Quem nunca chegou onde tinha que ir, mas se esqueceu de levar a principal coisa que precisava levar,  seja documento, um item aleatório, um presente e teve que sair as pressas pra buscar, perdendo  assim um tempo precioso? Ou pior, teve que inventar uma desculpa esfarrapada, pois sabe que não vai dar tempo de buscar e voltar?

Minha avó materna, senhora essa que quando viva, era de excelente memória (até por que uma avó sem memória não te faz rir das traquinices de seu pai, e nem te deixa constrangido contando as suas), sempre foi adepta dos ditos populares, e dos que ela utilizava o mais certo, com certeza era: “Quando  a cabeça não pensa, o corpo padecer...”. O conselho é válido, mas como todo conselho, nem sempre é aplicado, pois como disse, me esqueço mesmo.

Mas existem casos mais crônicos:

Ex. 1:  B.C.A (vamos guardar a identidade do sujeito, mas ele vai se entregar lá nos comentários.), amigo meu de longa data e péssima memória, certa vez entrou na onda de tomar capsulas de Omega 3 pra fortalecer a memória. Resultado, quase todos os dias se esquecia de tomar (Pode parecer piada, mas é verdade).

Ex. 2: Meu tio Carlos, vulgo Ti Caim, manoteiro além da conta, a qual deve todas a sua péssima memória, é um pouco mais ortodoxo que o caso citado acima, pois o mesmo já esqueceu de ir buscar minha tia, que o esperava em frente ao supermercado, com uma caixa de 12l de leite e mais algumas contas, quando perguntado a respeito, o mesmo bateu na testa e disse: “Ah, esqueci...”.

E pra piorar, esse mesmo tio, em viagem com meu pai a Divinópolis, o esqueceu lá, e só se lembrou quando chegou em BH e  perguntaram pelo meu pai, e advinhem qual foi a resposta e o gestual usados...

Mas enfim, como  a genética é cruel por não falhar, herdei alguns desses genes de esquecimento, e agora que me mudei, estou pagando pelo esquecimento de alguns itens, que pra alguns é supérfluo, pra mim, essencial, como alguns cds e livros que só senti falta aqui em Viçosa, mas acontece...

Então, pra não me esquecer do essencial, adotei o sistema de contagem.

Como funciona: Tenho 4 itens indispensáveis (isso varia de pessoa pra pessoa); chaves, celular, cigarro e carteira. Então na porta de casa, apalpo meus bolsos e conto, se não der os 4, volto e pego, é bem simples e ajuda muito, inclusive quando se carrega mais itens, por exemplo meu pai, que carrega 7, e quase nunca se esquece de nenhum (eu disse quase... hahahahahahaha).

E pra musicar o momento, não me lembrei de nenhuma com nome mais sugestivo que Before I Forget- Slipknot.


Mas e você, tem memória boa? Ou seu corpo, assim como o meu, segue pagando a conta?
Tem uma história bacana, uma música pra sugerir, uma dica pra nos fazer lembrar?
Então não se esqueça de nos contar.