quarta-feira, 8 de maio de 2013

Música para Mães | Sugestão #03

Claro que eu vou partir do óbvio: vou dizer que mãe é a melhor pessoa que pode passar pela vida de uma pessoa, que a minha mãe é a melhor do mundo e que mãe só tem uma. É a primeira pessoa a ser chamada nos momentos de desespero, quase que inconscientemente. Mãe é tudo de bom! Mas não posso deixar de fugir do óbvio pra não perder o costume.

Me vem a cabeça falar um pouco de algumas situações que eu vejo por aí e que nunca tive um bom lugar pra comentar. Todas envolvem de uma forma ou de outra a maternidade:

- Mães adolescentes: bom, imagino o tamanho do desafio que é para uma mãe adolescente (normalmente sem condições) criar um filho. Pior que isso é ser recriminada quando anda pela rua, com frases do tipo “que irresponsável, tão nova e já é mãe”. Não precisamos saber o real motivo de ela ter engravidado, as condições sociais e educacionais inerentes e outros assuntos que cabem a ela. Cabe a nós, sim, dar apoio, perguntar se precisa de algo, buscar alguma forma de ajudar (que seja o famoso “chá de fraldas” ou a doação de roupa infantil). E, caso não estejamos dispostos a fazer isso, que permaneçamos calados, pois a tal futura mãe já tem problemas demais pra resolver. Quer falar algo? Que seja proveitoso. Bons conselhos são bem vindos. Lições, acredite, a vida já está dando alguma que você vai demorar duas vidas pra aprender.

- Mães solteiras: cabe o mesmo exemplo citado anteriormente, com um agravante chamado preconceito. “Porque o pai solteiro é um herói, cuidou da criança sozinho, é vangloriado pela sociedade, enquanto a mãe solteira provavelmente engravidou pra segurar o namorado, que agora sumiu e deixou ela com esse pequeno fardo pra cuidar. Tolinha”. Quando se usa este pensamento durante o dia é mais difícil notar a carga de preconceito inserida nele. Quando se lê a respeito, esta carga parece ficar mais pesada. E a intenção é esta: mostrar que o preconceito tem um peso grande, que nenhuma pessoa precisa carregar.

- Mães divorciadas: já enfrentaram o desafio de criar os filhos, dar boa educação, ensinar o que é certo e o que é errado e encaminhá-los para seguir a vida deles com as próprias pernas. Até que apareça outro homem na vida dela. Nesta hora muitos filhos se voltam contra a decisão da mãe, oferecendo resistência em aceitar o novo companheiro, comparando-o ao pai biológico, tornando a vida do casal mais dificil. Com isso só assumem uma posição de prepotência e insegurança; acham que ela não tem vida própria, não tem seus planos, seus objetivos pro futuro. Querido filho, deixa sua mãe viver a vida dela e dê um jeito de evoluir na sua. Ela já cuidou demais de você, já te encaminhou, te deu toda a base que precisava. Deixe ela cuidar da vida dela um pouco. Sensato, não?

Polêmicas e opiniões a parte, eu queria dedicar um feliz Dia das Mães para todas as mães que me lêem neste momento. Acredito que tudo de bom que conseguimos manter no nosso caráter e na nossa índole vem do que é ensinado em casa, diariamente, e normalmente a mãe é a principal responsável por esta tarefa. E que os filhos de hoje em dia busquem a harmonia e o respeito com as suas mães, pois acredito que este é o grande caminho para um futuro promissor. Independente da carreira que escolher, aqueles velhos ensinamentos do tipo “cumprimente ele”, “peça desculpas”, “devolve, isto não é seu” ou “agradeça a aquele senhor” irão fazer diferença por toda a sua vida. E, obviamente, vai ser a mamãe que vai te ensinar isso tudo.

Música pra elas? Bom, vou deixar essa aqui:

Elis Regina - Como Nossos Pais


Dedicaria também "Tears in Heaven" do Eric Clapton (que é de um pai, na verdade, mas que é muito boa)(e minha mãe gosta bastante)!

Saúde e paz!


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